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O Vampiro de Curitiba




___"Estado, chamo eu, o lugar onde todos, bons ou malvados, são bebedores de veneno; Estado, o lugar onde todos, bons ou malvados, perdem-se a si mesmos; Estado, o lugar onde o lento suicídio de todos chama-se... "vida"!" (F. Nietzsche)

Welcome To The Jungle

 “Welcome to the Jungle ”, do Guns N’ Roses, pelos violoncelistas Stjepan Hauser, da Croácia e Luka Solic, da Eslovênia. Um milhão de acessos em uma semana. Vale a pena:

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O Eterno Retorno - Um Dia Chegaremos ao Início

LHC recria matéria que existiu no início do universo

Pesquisadores do Grande Colisor de Hádrons identificaram plasma quark-gluon, o material mais denso já observado

The New York Times | 20/06/2011 09:16 
 
Uma substância superquente que apareceu recentemente no Grande Colisor de Hádrons (LHC no acrônimo em inglês) é a forma mais densa de matéria já observada anunciaram cientistas em maio.
 

Foto: Cern/Aurélien Muller 
Detector ALICE identificou a matéria mais densa já observado
Conhecido como o plasma quark-gluon , ele é o estado primordial da matéria. Ou seja: logo após o Big Bang o universo era feito inteirinho dele.

Esta matéria exótica é mais de 100 mil vezes mais quente que o centro do Sol e mais densa que uma estrela de nêutrons – um dos objetos mais densos do universo. “Além dos buracos negros não há nada mais denso do que o que estamos criando aqui”, afirmou David Evans, físico da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, líder da equipe do detector ALICE (parte do LHC) que observou o plasma quark-gluon. “Se você tivesse um centímetro cúbico deste material ele pesaria 40 bilhões de toneladas.”, explicou ele.
Ao realizar centenas de milhares de colisões em altíssima velocidade a cada segundo, os físicos do LHC buscam quebrar as partículas subatômicas em formas ainda mais básicas da matéria que podem ser usadas para estudar como era o universo um trilionésimo de segundo após o Big Bang (caso do plasma).

Para recriá-lo, os cientistas arremessaram íons de chumbo uns contra os outros perto da velocidade da luz. Como o próprio nome já diz o plasma quark-gluon é feito de quarks (partículas elementares que ao serem combinadas formam prótons e neutrons) e gluons (partículas que fazem com que os quarks fiquem juntos usando uma força da natureza chamada “força forte”). Os cientistas acreditam que ele se transformou na matéria como a conhecemos atualmente quando o universo esfriou.

 
A quantidade de plasma criada no LHC é duas vezes maior e mais quente do que a que havia sido feita pela colisor de partículas existente no Laboratório Nacional Brookhaven, nos Estados Unidos (o LHC fica na fronteira entre a França e a Suíça). O plasma criado pelas duas máquinas, no entanto, é bem similar afirmaram cientistas na conferência Quark Matter 2011 realizada mês passado na França. Por exemplo: os cientistas já confirmaram que as duas versões do plasma se comportam como líquidos perfeitos com praticamente zero de fricção. “Se você mexer uma xícara de chá com uma colher e depois tirá-la, o líquido irá se movimentar um pouco e depois parar. No caso de um líquido perfeito ele continuará se mexendo para sempre”, explicou Evans.

Ao comparar as diferentes versões de quark-gluon criadas pelo LHC e pelo acelerador de Brookhaven os cientistas podem entender melhor como e quando ele se transformou conforme o universo esfriava. Com este objetivo em mente, a equipe de Brookhaven está tentando criar o plasma quark-gluon em uma energia menor ainda do que a utilizada originalmente para encontrar a temperatura em que ele se transforma e forma prótons e neutrôns. Enquanto isso, o LHC continua a operar com apenas metade de sua energia máxima e a equipe do ALICE espera criar formas de quark-gluon ainda mais densas.

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A Semana


 A Imagem da Semana

A imagem desta semana fala por si, qualquer  palavra minha seria inútil. Palavras pra quê?

Casal apaixonado em meio à destruição em Vancouver surpreendeu o mundo
Foto: Getty Images




O Vídeo da Semana

Para a diversão deste sábado publico um vídeo enviado pela leitora Daniela. Tenham todos um excelente fim de semana! Divirtam-se:





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Drogas de vida - João Pereira Coutinho

 
Texto de João Pereira Coutinho na Folha.com em 13/06/2011:


Drogas de vida


Leio na imprensa brasileira que Fernando Henrique Cardoso fez um "mea culpa". No documentário "Quebrando o Tabu", dirigido por Fernando Grostein Andrade, o ex-presidente junta-se a outros chefes de Estado e todos admitem em coro: a guerra contra as drogas falhou. 

Ou, pelo menos, a guerra contra o uso de drogas. Descriminalizar é a palavra: o drogado é um doente, não um criminoso. Ele deve ser tratado, não punido. 

Aplaudo Fernando Henrique Cardoso. Aplaudo e lamento que o ex-presidente não tenha ido um pouco mais longe. 

Por que motivo devemos descriminalizar o consumo e continuar uma guerra perpétua contra a produção e a venda? Não serão os ganhos de um lado destruídos pelas perdas no outro? No fundo, de que vale descriminalizar o consumo quando o "fruto proibido" continua a ser um convite para a marginalidade e o crime? 

Existem várias respostas para esse dilema. Todas elas confluem no mesmo ponto: a liberação da produção e da venda, ao "normalizar" ainda mais as drogas em sociedade e ao permitir uma quebra dos preços pela disrupção do tráfico, aumentaria o consumo.

Marlene Bergamo - 26.mai.2011/Folhapress
Fernando Henrique Cardoso concede entrevista, em São Paulo
Fernando Henrique Cardoso concede entrevista, em São Paulo            

Admito que seja verdade. Mas também admito que não seja verdade: se amanhã, por absurdo exemplo, o poder político proclamasse a "normalidade" do bestialismo, duvido que toda gente desatasse a transar, ou a casar, com porcos e galinhas. 

E, sobre quebra de preços, relembro: a liberação da produção e da venda far-se-ia sob a alçada da lei. E um Estado que pune fiscalmente o consumo de álcool ou de tabaco poderia tratar da droga com igual ou superior dureza. E, já agora, com uma vigilância sobre a qualidade do produto que não existe no mercado negro. 

Acontece que o meu argumento a favor da liberação das drogas não é social ou económico. É, digamos, filosófico. Porque o problema das drogas não são as drogas. São os seres humanos. De igual forma, as drogas não têm solução porque os seres humanos também não.
Sim, vivemos num tempo pós-moderninho, que desconfia das certezas racionais (e absolutas) do projeto iluminista. 

Mas, apesar de tudo, persiste ainda a idéia progressista de que os homens podem ser mais do que são: mais perfeitos; mais controladores do seu destino; mais senhores da sua alma. 

Pouco interessa que os últimos 200 anos sejam a prova empírica e dolorosa de que as utopias sociais e políticas são uma imensa sepultura. Se desistirmos de procurar a perfeição terrena, pensam os políticos, isso não será apenas uma derrota dolorosa. Será um suicídio civilizacional. 

É por isso que a "guerra às drogas" não pode parar e John Gray, um filósofo com quem mantenho uma interessante relação de amor/ódio, é o único pensador contemporâneo que tem escrito obsessivamente sobre o assunto. 

Gray, felizmente, tem sido publicado no Brasil pela Record - e o seu "A Anatomia de John Gray" é um resumo poderoso da sua evolução como pensador iconoclasta. 

Mas é num livro anterior a "Anatomia", intitulado "Cachorros de Palha" e composto por aforismos dignos de um Cioran, que Gray escreve sobre a necessidade de alienação pessoal que existe em todas as culturas, em todas as sociedades e em todos os tempos. 

É precisamente essa necessidade de alienação que perturba o poder político. A produção de drogas e o seu consumo é uma confissão de impotência e de imperfeição humanas. Sociedades progressistas não podem admitir semelhante coisa. Não podem admitir, no fundo, "a infelicidade normal da vida", escreve Gray. E a necessidade de uma indústria que a alivie. 

Fernando Henrique é um político. Ideologicamente, continua a ser um herdeiro da tradição progressista. É por isso que ele tolera que o consumidor seja um "doente", a precisar de "tratamento", ou seja, de "correção" humana - o supremo sonho do projeto iluminista. 

Mas Fernando Henrique não tolera, nem pode tolerar, que existam no mundo portas de saída existenciais capazes de aliviar "a dor da consciência", para usar a expressão do poeta e cientista e consumidor Eugene Marais. 

E, no entanto, essa "dor da consciência" vai permanecer. Como sempre permaneceu entre nós. E nem todos os exércitos do mundo vão alterar a guerra invisível que é travada dentro da alma humana. 

No Futuro, o Passado


 Da National Geographic | 11/06/2011 13:20

 

Mini Big Bang mostra que é impossível viajar no tempo


Experiência com metamateriais simula início do universo e indica que viagens no tempo podem ser uma impossibilidade quântica



Foto: National Geographic
 
Na foto, o metamaterial que simulou o Big Bang, na experiência de Smolyaninov e Hung.
Talvez você queira adiar um pouco mais os planos de montar aquela máquina do tempo. Cientistas desenvolveram em laboratório uma espécie de mini Big Bang que sugere que, no final das contas, viajar no tempo seja algo improvável.

Em um novo estudo, Igor e Yu-Ju Hung, da Universidade de Maryland, simularam o nascimento do universo usando materiais avançados que permitem dobrar a luz de formas incomuns. O dispositivo criado por eles se apóia na idéia de que “a flecha do tempo”, voltada para frente, não pode curvar-se para trás para desfazer eventos já ocorridos.


Por enquanto, a viagem no tempo ainda não foi possível na vida real e, segundo Smolyaninov, tal material sugere que isso nunca será possível.


Novo material substitui temporariamente tempo e espaço


O novo simulador do Big Bang é minúsculo – sua largura é de apenas algumas frações de centímetros (20 micrômetros). Ele foi construído a partir de tiras alternadas de ouro e plástico montadas de forma a criar um metamaterial, substância produzida artificialmente para a manipulação da luz.



Nos últimos anos, pesquisadores vêm usando metamateriais para criar dispositivos antigamente possíveis apenas na ficção, como mantos invisíveis e “super-lentes”, que permitem que cientistas “vejam” estruturas menores que o comprimento de ondas de luz visíveis.

Os metamateriais já despertaram também o interesse de astrofísicos, que recentemente usaram as exóticas substâncias para criar buracos negros artificiais e simuladores multiverso.
Segundo Smolyaninov e Hung, o material por eles desenvolvido é uma representação razoável de nosso universo, particularmente dos primórdios do universo na época do Big Bang - em torno de 13,7 bilhões de anos atrás.

Devido à forma única como tal material faz a luz se curvar, as equações que descrevem a passagem de uma partícula através do tempo são semelhantes àquelas que descrevem o movimento de fótons e de partículas quânticas semelhantes chamadas plásmons – criadas a partir de ondas de elétrons livres – através do material.
Desta forma, o dispositivo de metamaterial serve de modelo para nosso universo: o movimento horizontal no metamaterial é análogo ao movimento através das três dimensões do espaço, enquanto o movimento vertical representa a movimentação através do tempo.


O universo é desordenado demais para permitir a reversão do tempo?
 
Para o experimento, os cientistas usaram um raio de laser verde para provocar um evento semelhante ao Big Bang no metamaterial. O laser fez com que os átomos de ouro gerassem explosões de plásmons.


Tais plásmons irradiaram externamente a partir de um único ponto, exatamente como os cientistas imaginam que as partículas tenham feito após o Big Bang. Os pesquisadores constataram que a trajetória dos plásmons se tornou cada vez mais desordenada à medida que eles se distanciavam. A descoberta é consistente com a segunda lei da termodinâmica, que diz que – excluindo-se qualquer tipo de intervenção – os sistemas têm a tendência de se tornarem mais desordenados com a passagem do tempo, um fenômeno conhecido como entropia.

No modelo de brinquedo, uma volta completa de um plásmon exatamente ao longo do mesmo caminho seria equivalente à viagem no tempo. Mas, uma vez que o plasmon é extraviado de tal caminho – devido, em partes, à entropia – já não seria mais possível fazer a volta completa.

O resultado, descrito em um trabalho publicado neste mês, sugere que as partículas em nosso universo talvez sejam também incapazes de mover-se para trás no tempo.

Mas Smolyaninov admite que o experimento esteja longe da perfeição: “Não tenho certeza do quanto dele pode ser aplicado à vida real”.

 
Andreas Albrecht, cosmologista da Universidade da Califórnia que não participou do estudo, tem dúvidas de que tal metamaterial seja uma representação suficientemente precisa dos primórdios do universo.

Para Albrecht o simulador de Big Bang criado pelos pesquisadores é uma conquista interessante, mas, ele não acredita que o mesmo irá ensinar algo em relação ao universo que já não seja conhecido a partir de dados empíricos ou de modelos baseados em equações e simulações de computadores.

“Temos modelos muito melhores do universo que podemos criar com computadores normais. Então, para mim, este material não oferece qualquer entendimento do universo que não possa ser alcançado de foma mais direta”, disse Albrecht.

Viagem no tempo pode ser imperceptível
 
Embora o novo experimento – e nossa experiência quotidiana – aparentemente elimine a possibilidade de viagem no tempo, ainda existem inúmeras dúvidas em relação ao universo, por isso os físicos podem imaginar cenários nos quais a viagem no tempo seja possível.


Por exemplo, as leis da Física podem variar dependendo de onde alguém se encontra no cosmo, e talvez a Terra esteja em um caminho do universo onde há aumento de entropia, o que poderia fazer da viagem no tempo algo impossível de ocorrer.

“Talvez a vida se prenda a estes caminhos onde existe um aumento de entropia, já que precisamos da existência da flecha do tempo, disse Albrecht. Como Albert Einstein certa vez brincou, “O tempo existe para que todas as coisas não aconteçam de uma só vez”.
Por outro lado, Albrecht diz que também poderíamos imaginar um universo onde a entropia ocorresse em ciclos crescentes e decrescentes.

Se a entropia não é consistente com o universo hipotético, ele diz que então a flecha do tempo poderia seguir ao contrário e eventos como uma xícara quebrada que fica inteira novamente ou humanos envelhecendo em reverso seriam não somente possíveis como também naturais.

Os habitantes de tal universo provavelmente nem se dariam conta de tais inadequações.

“Se isso acontecesse, simplesmente mudaríamos nossa idéia sobre o que é passado e o que é futuro, sem notar nada em especial”.

A Semana


A Imagem da Semana


A labareda solar:



A Frase da Semana

"Em time que está ganhando, não se mexe."  (Deputado Paulo Teixeira, líder do PT na Câmara, comentando a queda do Ministro Palocci. Em que planeta ele estava?)  

O deputado Paulo Teixeira ficou nacionalmente conhecido por defender a legalização da maconha. Eu, como vocês bem sabem, sou defensor da liberação de todas as drogas e defendi o deputado na ocasião. Agora, preciso dar um conselho ao deputado. Teixeira, siga o que dizia o filósofo Bezerra da Silva: "Se segura malandro, pra fazer a cabeça tem hora!"



O Vídeo da Semana:

O vídeo desta semana, neste Dia dos Namorados, vai para uma certa polaca que, sem ela, nem de chorar eu seria capaz. Ela sabe que "quando o neon é bom, toda noite é de luar": 





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De Onde Viemos?



Da Veja online:


Arqueologia

Eurásia, e não a África, pode ter sido berço da humanidade

Arqueólogos encontram no Cáucaso ferramentas de 1,85 milhão de anos

Ilustração mostra o que seria uma família da espécie <em>Homo georgicus</em>, que era considerada a primeira espécie de hominídeos a habitar a Europa. Novos achados no sítio arqueológico de Dmanisi apontam que a ocupação pode ter começado antes com os <em>Homo erectus</em> Ilustração mostra o que seria uma família da espécie Homo georgicus, que era considerada a primeira espécie de hominídeos a habitar a Europa. Novos achados no sítio arqueológico de Dmanisi apontam que a ocupação pode ter começado antes com os Homo erectus (Mauricio Anton/Latinstock)
 
“Mama África” pode perder o posto de berço da humanidade agora que arqueólogos encontraram artefatos construídos por nossos ancestrais no sítio arqueológico de Dmanisi, na Cordilheira do Cáucaso da Geórgia, no limite da Europa com a Ásia. A descoberta se choca com a convicção de que o Homo erectus primeiro habitou a África e de lá se dispersou pelo mundo.

Pesquisadores acreditavam que o Homo erectus tivesse chegado ao sítio de Dmanisi há apenas 1,7 milhão de anos e que a primeira espécie de hominídeos a habitar a Europa tivesse sido a do Homo georgicus. Mas de acordo com um artigo publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences, a ocupação da Eurásia pelos primeiros humanos data de pelo menos 1,85 milhão de anos.

Os fósseis encontrados nas mesmas camadas sedimentares em que os objetos foram achados estão desgastados demais para indicar a espécie exata a qual a população pertenceu – impossibilitando aos pesquisadores saber se, de fato, estes instrumentos pertenceram ao Homo erectus. Fósseis encontrados em outras camadas da região não ajudam muito a solucionar o quebra-cabeça: datados de 1,77 milhão de anos, indicam cérebros muito menores (cerca de 300 a 400 centímetros cúbicos a menos) do que os esperados para um Homo erectus. É possível que os ossos tenham pertencido aos primeiros exemplares da espécie. Seja como for, os artefatos indicam que hominídeos estiveram lá milhares de anos antes. 

Agora, pesquisadores da Universidade do Norte do Texas em Denton envolvidos nas escavações em Dmanisi estão defendendo a teoria de que, na verdade, os primeiros homens podem ter primeiro evoluído na Eurásia e depois passado pela África. A prova de que o sítio na Geórgia serviu como habitação permanente – e não uma mera colônia temporária – reforça a hipótese. 

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A Antimatéria


Esqueçamos tudo que nos ensinaram até hoje! A única certeza que temos é que somos feitos das mesmas matérias de que são feitas as estrelas. E os sonhos.



Da Veja:

Física

Pesquisadores aprisionam antimatéria por 16 minutos

Experiência realizada pela Organização Europeia de Pesquisa Nuclear ajudará a entender melhor o funcionamento das partículas e até a origem do universo

Imagem do equipamento usado pelo CERN para criar os átomos de anti-hidrogênio Imagem do equipamento usado pelo CERN para criar os átomos de anti-hidrogênio (Niels Madsen ALPHA/Swansea)

Pesquisadores da Organização Europeia de Pesquisa Nuclear (CERN), com sede na Suíça, conseguiram aprisionar átomos de antimatéria (correspondentes da matéria, mas com carga elétrica oposta) por mais de 16 minutos - tempo suficiente para que possam ser estudados em detalhes. A façanha pode levar a um entendimento mais aprofundado das partículas e dar pistas sobre a própria origem do universo.

O mundo que nos cerca é aparentemente feito todo de matéria: algo que tem massa, ocupa lugar no espaço e está sujeito a leis da física como inércia e gravidade. Teoricamente, para toda matéria, há um correspondente com carga oposta. Por exemplo, um átomo de anti-hidrogênio — elemento usado na experiência do CERN — é o inverso completo do átomo de hidrogênio. Enquanto o átomo de hidrogênio é composto de um próton circundado por um elétron (que tem carga negativa), o anti-hidrogênio tem um pósitron (que tem carga positiva) circulando em torno de um antipróton.

Ocorre que a natureza parece ter uma preferência pela matéria, o que permitiu que matéria e antimatéria no Big Bang não se aniquilassem e que houvesse a brecha necessária para a constituição de quase tudo o que existe. Além disso, até hoje ninguém conseguiu encontrar resquícios de antimatéria proveniente desta explosão primordial, o que abre as portas para diversas especulações.

A melhor forma de estudar esta tendência da natureza pela matéria atualmente é comparar o hidrogênio com o seu "espelhos": o anti-hidrogênio. Em novembro do ano passado, cientistas conseguiram aprisionar antimatéria em laboratório pela primeira vez.

O problema é que, em novembro passado, os átomos foram aprisionados por apenas 172 milissegundos, tempo insuficiente para estudos mais detalhados. Desta vez, de acordo com o artigo, publicado na versão online da Nature Physics, cerca de 300 antiátomos foram capturados por 16 minutos. Isso permitirá aos cientistas mapear de forma precisa os átomos de anti-hidrogênio e compará-los aos de hidrogênio – o primeiro elemento da tabela periódica e um dos mais conhecidos pela física atualmente. Além disso, os pesquisadores podem utilizar o método para estudar os efeitos da gravidade sobre a antimatéria e fazer medições necessárias para analisar o comportamento de partículas no universo.

O próximo passo é começar as medições dos átomos de anti-hidrogênios para determinar se eles absorvem exatamente as mesmas frequências – ou energia – que seus correspondentes "visíveis".
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Da Folha:

Cientistas confinam antimatéria durante 16 minutos

SALVADOR NOGUEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
 
A antimatéria, estranha "irmã gêmea" da matéria normal que compõe estrelas, rochas e pessoas, é tão arisca que o mais difícil não é nem pegá-la. Complicado mesmo é mantê-la presa. Mas um grupo internacional de cientistas, incluindo brasileiros, acaba de anunciar que manteve átomos de antimatéria confinados por 16 minutos. 

O sucesso da equipe, cuja armadilha de antimatéria está localizada no Cern (Centro Europeu de Pesquisa Nuclear), Suíça, deve ajudar os físicos a investigarem as principais diferenças entre partículas de matéria e suas contrapartes de antimatéria. 

Por ora, a novidade é mesmo o aprisionamento de longo período. "A gente não consegue medir nada do átomo, só a velocidade e a energia de aprisionamento", explica Claudio Lenz Cesar, pesquisador da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e um dos autores do estudo. 

O grupo já havia prendido anti-hidrogênio antes, no ano passado, mas por apenas pouco mais de um décimo de segundo. O salto para mil segundos (um aumento de 5.000 vezes no tempo de captura) rendeu a publicação na revista "Nature Physics". 


Editoria de Arte/Folhapress

PRÓXIMO PASSO
 
O próximo passo é descobrir mais sobre essas criaturas ariscas. "Em breve, vamos fazê-los interagir com micro-ondas, o que daria uma primeira ideia de seus níveis internos de energia", diz Cesar. 

Praticamente não há antipartículas flutuando por aí, esperando para ser detectadas. Dessa forma, todos os átomos de hidrogênio que podemos colher na natureza, como os que compõem a água, por exemplo, são feitos de um próton positivo no núcleo e de um elétron negativo girando ao redor dele.
Ocorre que previsões teóricas sugeriam que, para o mundo das partículas fazer sentido, deveriam existir contrapartes dos átomos convencionais, feitos de prótons negativos (ou antiprótons) e elétrons positivos (ou pósitrons). 

Com efeito, experimentos em aceleradores de partículas demonstraram que a antimatéria, embora não estivesse disponível, podia ser criada em laboratório. Só que há uma pegadinha: sempre que matéria e antimatéria se encontram, o resultado é a aniquilação de ambas, com liberação de energia. 

Como guardar antipartículas com recipientes feitos de materiais que as destruiriam? O segredo é usar campos magnéticos. Com eles, é possível aprisionar sem encostar. 

Essa é a estratégia que tem sido usada com muito sucesso já há mais de uma década para prender antipartículas. Se você quer conter um monte de antiprótons, basta impor um campo magnético ao redor dele e pronto. 

Mas capturar antiátomos inteiros é bem mais complicado. Isso porque as cargas dos pósitrons ao redor cancelam as dos antiprótons no núcleo, deixando o átomo como um todo num estado neutro, bem menos sujeito à ação dos campos magnéticos. 

É preciso uma sintonia muito sutil, tanto do campo usado como da velocidade e da energia contida nos antiátomos formados, para que eles se mantenham aprisionados. Com o mais novo avanço, o grupo integrado por Cesar já mostrou que pegou o jeito da coisa. 

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Abaixo os Crucifixos!

Do Estadão

ONU critica imposição de ensino religioso em escolas públicas
 
Além de desrespeito à laicidade do Estado brasileiro, relatora denuncia 'intolerância e racismo'

28 de maio de 2011 | 0h 00Jamil Chade - O Estado de S.Paulo

Centenas de escolas públicas em pelo menos 11 Estados do Brasil não seguem os preceitos do caráter laico do Estado e impõem o ensino religioso, alerta a Organização das Nações Unidas. Em relatório a ser apresentado na semana que vem ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, a situação do Brasil é criticada.


O documento foi preparado pela relatora da ONU para o direito à cultura, Farida Shaheed, que também alerta que intolerância religiosa e racismo "persistem" na sociedade brasileira. A relatora apela por uma posição mais forte por parte do governo para frear ataques realizados por "seguidores de religiões pentecostais" contra praticantes de religiões afro-brasileiras no País. Uma das maiores preocupações é o com o ensino religioso, assunto que pôs Vaticano e governo em descompasso diplomático.

Os Estados citados por Farida, que visitou o País no final do ano passado, são Alagoas, Amapá, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

A relatora diz ter recolhido pedidos para que o material usado em aulas de religião nas escolas públicas seja submetido a uma revisão por especialistas, como no caso de outros materiais de ensino. Além disso, "recursos de um Estado laico não devem ser usados para comprar livros religiosos para escolas", esclarece.

Para Farida, "deixar o conteúdo de cursos religiosos ser determinado pelo sistema de crença pessoal de professores ou administradores de escolas, usar o ensino religioso como proselitismo, ensino religioso compulsório e excluir religiões de origem africana do curriculum foram relatados como principais preocupações que impedem a implementação efetiva do que é previsto na Constituição".

Legislação. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação diz que o ensino religioso deve ser oferecido em todas as escolas públicas de ensino fundamental, mas a matrícula é facultativa. A definição do conteúdo é feita pelos Estado e municípios, mas a legislação afirma que o conteúdo deve assegurar o respeito à diversidade cultural religiosa e proíbe qualquer forma de proselitismo.

"Em tese, deveria haver um professor capaz de representar todas as religiões. Mas, como sabemos, é impossível", explica Roseli Fischmann, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP). "Além disso, a aula não é tratada efetivamente como facultativa. O arranjo é feito de tal forma que o aluno é obrigado a assistir."

Roseli explica que o modelo brasileiro é pouco usual nos países em que há total separação entre Estado e religião. "Até Portugal, que no regime de Salazar tornou obrigatório o ensino religioso, aboliu as aulas. Educação religiosa deve ser restrita aos colégios confessionais. Lá, o pai matricula consciente." 

COLABOROU OCIMARA BALMANT

A Semana


A Frase da Semama

A frase desta semana foi ouvida pelo Brasil inteiro na famosa e polêmica Marcha da Pamonha: "Arroz, feijão, pamonha e educação!" 




A Enquete da Semana

Já estamos acostumados aqui no Blog com a "Frase da Semana", o "Vídeo da Semana", a "Imagem da Semana", etc.  Desta vez teremos a "Enquete da Semana". É que o Augusto Nunes, em seu blog (link aí na coluna direita), fez esta enquete que eu achei das mais inteligentes e criativas:

Quando Lula viajar para o exterior, quem deve assumir a chefia do governo?
















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Merval Pereira é eleito para a Academia Brasileira de Letras

Merval Pereira - Foto: / Michel Filho



O Globo

O jornalista Merval Pereira, colunista do GLOBO, foi eleito [ontem] para a cadeira de número 31 da Academia Brasileira de Letras (ABL), ocupada anteriormente pelo escritor Moacyr Scliar. Merval recebeu 25 dos 39 votos possíveis, contra 13 do outro concorrente à vaga, o escritor Antônio Torres. Houve uma abstenção.

Merval Pereira será o oitavo imortal a ocupar a cadeira 31 da ABL, cujo fundador é Guimarães Junior, e que tem como patrono Pedro Luís. Seus demais ocupantes foram João Ribeiro, Paulo Setúbal, Cassiano Ricardo, José Cândido de Carvalho e Geraldo França de Lima - este, sucedido por Moacyr Scliar em 2003.

Carioca de 61 anos, além de escrever no GLOBO Merval Pereira é comentarista da Globonews e da CBN. Ocupou cargos de reportagem e de chefia nos principais veículos da imprensa brasileira, entre os quais a revista "Veja" e O GLOBO, onde hoje assina uma coluna diária.

Ganhou em 1979 o Prêmio Esso pela série de reportagens "A segunda guerra, sucessão de Geisel", publicada no "Jornal de Brasília" em parceria com André Gustavo Stumpf e depois transformada em livro. É autor ainda de "O lulismo no poder", e recebeu da ABL a medalha Machado de Assis.



Light up!

Hoje acordei um tanto quanto romântico. A bem da verdade, ainda nem dormi. Umas doses de cafeína e nicotina e... a selva! Conhecem Snow Patrol? Não? Vamos curtir juntos, então. Vamos?







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